Outros três hospitais foram autorizados para realizarem transplantes
de órgãos e tecidos em dois estados
de órgãos e tecidos em dois estados
O Ministério da Saúde autorizou mais três novos estabelecimentos de saúde a realizarem transplantes. De acordo com a portaria publicada em 18 de fevereiro, no Diário Oficial da União, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Araraquara, em São Paulo, poderá retirar e transplantar tecidos oculares humanos. O Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, e a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foram autorizados a realizar transplantes de válvulas cardíacas.
No mesmo dia, o ministério também autorizou três hospitais a realizarem busca ativa e retirada de múltiplos órgãos e tecidos. São eles: Hospital Infantil Albert Sabin - HIAS (CE), Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (CE) e Hospital São Paulo – UNIFESP (SP).
A captação de órgãos ou tecidos passa por algumas etapas. Primeiro é feita a identificação do potencial doador. Depois do diagnóstico da morte encefálica, realizado por dois médicos que não participam de equipe de transplante (sendo pelo menos um neurologista ou neurocirurgião), a equipe da Comissão Intra-hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) entrevista a família para saber se há intenção ou não de doação.
CONDIÇÕES - Se a doação for confirmada a CIHDOTT notifica a Central de Transplantes do estado, que entra com os dados do doador em um sistema informatizado para identificar os potenciais receptores (ranking). Quando é identificado o receptor, a central entra em contato com o médico que irá fazer o transplante e verifica se tanto o paciente quanto o hospital têm as condições adequadas para o procedimento.
Quando não há receptor compatível no estado onde se encontra o doador, a Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos localizada em Brasília, identifica um receptor em outro estado e disponibiliza, por intermédio de um acordo com algumas empresas aéreas, o transporte gratuito de órgãos e tecidos para transplante.
DADOS - O Ministério da Saúde (MS) realizou 19.125 transplantes entre janeiro e dezembro de 2008 – o que representa crescimento de cerca de 10% no número de procedimentos em relação a 2007, quando foram feitos 17.428 transplantes. O aumento no número geral de transplantes realizados no Brasil se deve a uma série de fatores, entre eles, as campanhas de sensibilização feitas pelo MS, a elevação no número de doadores vivos e a melhora na captação nacional de órgãos, com o apoio de um número maior de famílias que passaram a autorizar doações.
O Brasil tem o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Cerca de 95% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que também subsidia todos os medicamentos imunossupressores para os pacientes. A agilidade nos transplantes depende de vários fatores, como um diagnóstico rápido de morte encefálica, uma captação eficiente, maior compatibilidade entre doador e receptor, além do número de pacientes em lista de espera. Por esse motivo é tão importante aumentar o número de doadores.
Fonte: Agência Saúde
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