Presidente da Fiep afirma que o momento econômico exige atenção
e entende que o melhor investimento é em capital de giro
e entende que o melhor investimento é em capital de giro
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, disse que neste momento de retração do crédito as empresas têm que estabelecer estratégias para atravessar o período. “A crise de crédito será longa e talvez o melhor investimento hoje seja assegurar o capital de giro”, afirmou ele durante a reunião do Forum Regional 2009 – Reflexões sobre a Economia na Vida das Empresas realizada na terça-feira à noite em Cascavel, com a presença de representantes de 17 setores industriais das regiões Oeste e Sudoeste.
Para Rocha Loures, o crédito vai ficar escasso por muito tempo e o empresário deve dar atenção à gestão da empresa. “Toda crise gera inquietações e incertezas. O mais importante é preservar a saudabilidade das empresas. Por isso, é preciso ter uma boa estratégia para investir”, disse ele, reforçando que é preciso identificar possíveis problemas para poder se antecipar aos seus efeitos.
O encontro em Cascavel reuniu 120 pessoas de 57 empresas e foi a região na qual o empresariado mais sentiu os efeitos da crise. Para 79% dos participantes, o atual quadro econômico provocou impactos nas suas atividades, com redução média de 14% no faturamento. Os professores Fábio Dória Scatolin, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Pery Shikida, da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), foram os palestrantes do Fórum.
Scatolin falou sobre a origem da crise e seus efeitos sobre a economia brasileira. Segundo ele o Brasil não deve sofrer uma recessão como os países desenvolvidos, mas a velocidade de crescimento será bem menor que em outros anos. “Estamos no meio da crise. Neste momento, os empresários precisam manter a liquidez dos seus negócios. Cortar custos e aumentar a produtividade através da inovação”, disse.
Inflexão - Shikida, por sua vez, prefere não chamar o momento de crise. Ele considera que o mundo passa por um momento de “inflexão econômica“ que vai provocar uma rearrumação do sistema financeiro. De toda forma, ele afirma que para passar por esta turbulência o Brasil precisa de políticas públicas bem conduzidas. “Consumo, investimento e gasto público de qualidade formam o tripé para alavancar a economia”, disse.
Os cinco encontros do Fórum Regional 2009 promovido pela Fiep em Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Curitiba e Cascavel reuniram 510 pessoas de 200 empresas de todos os setores industriais paranaenses. Na média geral, os participantes revelam que perderam 16% do faturamento por conta da crise econômica. “Nosso propósito é com esta iniciativa é oferecer informaçoes que aos empresários que os auxiliem na tomada de decisão”, destacou o presidente da Fiep.
Fonte: FIEP
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