O alerta nacional é para chamar atenção dos planos de saúde sobre a defasagem, que em alguns casos chega a 92% nos valores das consultas médicas.
A paralisação acontece em todo país no próximo dia 7 de abril, uma quinta-feira, Dia Nacional de Alerta dos Médicos. O objetivo é chamar atenção dos planos de saúde para a defasagem das consultas médicas que em muitos casos chagam a 92%. O movimento é da Federação Nacional dos Médicos e Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira.
A paralisação foi à forma que os médicos encontraram para protestar contra os baixos repasses dos planos de saúde às consultas no consultório. O movimento deve paralisar cerca de 160 mil profissionais, o que representa 46% de todo contingente médico no país.
Em Maringá o presidente do Conselho Regional de Medicina –CRM- Natal Gianotto, destaca que a suspensão acontece para chamar atenção ao desrespeito dos planos de saúde e assistência médica com os médicos, e as graves interferências na autonomia profissional, restrições de coberturas a pacientes e sobremaneira, a defasagem dos honorários que vem de vários anos e é causa principal do movimento.
Segundo Gianoto, em Maringá Conselho Regional de Medicina vai pedir aos médicos que participem da paralisação, mas garantam, no entanto, o atendimento nos casos de urgências e emergências.
Segundo Gianotto, os médicos exigem basicamente o reajuste dos honorários com valores da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, já corrigidos pelo índice da inflação; a contratualizaçao com os planos de saúde, conforme exigência da Resolução Normativa 71/2004, da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, o que significa inserção dos critérios de reajuste nos contratos; e por fim, a aprovação do projeto de lei 6964/2010 que institui a obrigatoriedade de reajuste periódico dos honorários médicos, determinando que a Agência Nacional de Saúde Suplementar arbitre no caso de impasse nas negociações.
Nos últimos dez anos as mensalidades dos planos individuais e familiares subiram mais de 26,6 por cento acima da inflação e outra correção deve ser autorizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar-ANS. O novo aumento chega em um momento crítico de relacionamento entre os planos e os profissionais médicos, já que os mesmos são os prestadores de serviço e não estão recebendo adequadamente por esses serviços.
A paralisação é a primeira do gênero no Brasil, e os médicos seguem as determinações da Associação Médica Brasileira – AMB, Conselho Federal de Medicina –CFM, e Federação Nacional dos Médicos – Fenam.
0 comentários:
Postar um comentário