Inventor de Guarulhos, que é técnico em mecânica, procura
investidor para obter regulamentação do produto junto aos órgãos fiscalizadores de aparelhos de medição
investidor para obter regulamentação do produto junto aos órgãos fiscalizadores de aparelhos de medição
Quem se assusta, todos os meses, com a conta de água de sua residência, condomínio ou estabelecimento comercial pode ganhar uma poderosa ferramenta que promete baixar o valor pago mensalmente. O técnico de manutenção Reginaldo Aparecido de Moraes, de Guarulhos, inventou um hidrômetro especial que não contabiliza a passagem de ar – aquele ruído que se ouve toda vez que a água é reabastecida após uma interrupção. “Esse ar expelido por torque é responsável por aumentar o registro do consumo. Com o hidrômetro que não contabiliza o ar, a ideia é economizar até 40% do total da conta”, promete o inventor.
O dispositivo criado por Moraes distingue o ar da água por meio de uma boia, impedindo que o hidrômetro gire o contador durante a passagem de ar. “É comum as pessoas questionarem e até processarem as companhias de abastecimento pelo alto consumo registrado”, comenta. “Ao contrário de acessórios existentes e reprovados pelo Inmetro, este não causa contrapressão, portanto não sobrecarrega a rede nem aumenta o consumo de medidores vizinhos”, acrescenta.
Segundo o técnico, o objetivo é otimizar a marcação com um dispositivo acoplado ao próprio hidrômetro, sem a necessidade de adaptação de acessórios. Colocada fora da câmara, com um flutuador de torque, a válvula libera a água com força gradual, travando o rotor no momento da passagem do ar, impedindo assim que ele gire sem o fluxo da água. “Ao contrário de acessórios irregulares e ilegais, não causa prejuízo ao consumidor e nem à companhia fornecedora”, garante.
Para comprovar sua teoria, o técnico desenvolveu um painel com dois hidrômetros ligados em série – um normal e o dele, especial. “O painel mostra o ar passando e o hidrômetro girando no aparelho comum. Testes de precisão comprovam que o hidrômetro especial é sensível e não causa perdas”, explica. O dispositivo, mais eficiente do que seus similares, também pode ser confeccionado em forma de kit, substituindo-se apenas as partes internas da carcaça dos hidrômetros atuais.
A ideia surgiu há cerca de 15 anos, quando Moraes morava numa casa em que sempre faltava água. Também sofria com o elevado consumo. Desde então, vinha desenvolvendo o projeto, sempre atento às novidades de mercado que não conseguem regulamentação por causar muitos inconvenientes, incluindo contaminação da água e prejuízos a vizinhos e às redes de abastecimento.
Técnico em mecânica, Moraes construiu um protótipo artesanal de seu invento. A princípio, pretende conseguir um investidor, para fabricação e regulamentação do produto junto ao Inmetro, que fiscaliza e aprova equipamentos de medição. “Consegui bastante apoio à ideia a partir de contatos com fabricantes e até vendedores, porém falta o investimento”, comenta. Empresários interessados conhecer melhor o produto devem entrar em contato com a Associação Nacional dos Inventores pelo telefone (11) 3873-3211.
Sobre a Associação Nacional dos Inventores
Tudo começa com uma boa ideia na cabeça.Depois do desenvolvimento de um protótipo e da realização de testes, o inventor tem a certeza de que o fruto daquela boa ideia vai melhorar a vida de muitas pessoas. A partir daí, muitos deles se perguntam: “O que fazer agora?”.
A Associação Nacional dos Inventores (ANI) foi criada exatamente para que as invenções brasileiras sirvam a toda a sociedade e para estimular os inventores a continuar dedicando-se à descoberta de novidades. “Nosso papel é incentivar e popularizar as inovações tecnológicas no País”, afirma o presidente e fundador da entidade, Carlos Mazzei. “Trabalhamos na orientação e regularização das patentes de projetos e na posterior comercialização dos inventos em escala industrial.”
Mazzei, também conhecido como “empresário dos inventores”, dedica-se integralmente à busca pelo reconhecimento dos inventos brasileiros. “Quando se fala em invenção, muitos pensam apenas em projetos ‘malucos’. Eles também existem, mas anualmente, são desenvolvidos diversos produtos e soluções para os problemas cotidianos.”
Muitos projetos de extrema importância ainda aguardam investidores decididos a produzi-los em escala industrial. Outros já estão no mercado, trazendo bons lucros a quem os criou.
Fonte: Em Pauta Comunicação
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