Empresários que participam de fórum promovido pela Fiep
dizem que sentem os reflexos da crise
dizem que sentem os reflexos da crise
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) junto a 100 empresários que participaram do Fórum Regional 2009 – Reflexões Sobre a Economia na Vida das Empresas em Ponta Grossa, na segunda-feira (09), e Londrina, na terça-feira (10), mostra que cerca de 70% das empresas sentem os reflexos da crise sobre seus negócios. Elas atribuem ao novo cenário econômico perdas de faturamento que variam de 5% a 40%. “A crise tem impactos diferentes de setor a setor. O que percebemos é que a principal questão a ser resolvida é do crédito, que ficou escasso e caro”, afirma o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.
Segundo Rocha Loures, a iniciativa de promover fóruns regionais vai de encontro a uma necessidade do empresariado de obter informações relevantes sobre a conjuntura para poder projetar suas atividades. “Nosso objetivo é proporcionar informações sobre o cenário econômico, identificar sobre quais temas devemos dar maior atenção e mobilizar as áreas política e financeira para atender as questões estratégicas”, disse ele. Na avaliação do presidente da Fiep, o atual ambiente é propício para os empresários enxergarem oportunidades de aperfeiçoar a gestão das empresas.
Rocha Loures voltou a defender a adoção de medidas transversais pelo governo, como uma desoneração radical dos investimentos e das exportações, alongamento no prazo de recolhimento de tributos e no pagamento de dívidas do setor produtivo e ações para estabilizar o câmbio. Ele também cobrou agilidade na realização de obras de infraestrutura, rapidez na liberação de licenças ambientais e uma revisão na lei de licitações. “A máquina do governo precisa ser ágil. Por isso devemos insistir na desburocratização dos processos”, disse.
As reuniões promovidas pela Fiep têm a participação do economista Carlos Américo Pacheco, da Unicamp. Em sua palestra ele destaca que o ambiente econômico é a oportunidade para realizar mudanças na orientação da política monetária brasileira. “A crise já teve um efeito fenomenal. Ajustou o câmbio m novo patamar sem gerar pressões inflacionárias”, disse. Ele também entende que o Banco Central deve ser mais ativo em relação ao mercado de crédito. “No momento, o caixa das empresas é quem manda. Você tem que ter liquidez para fazer girar seu negócio. Neste contexto, os bancos têm que cumprir sua missão de emprestar dinheiro ao mercado e não adotar uma posição conservadora”.
Ontem (11), o Fórum Regional foi realizado em Maringá. Hoje (12), o encontro acontece em Curitiba e na próxima terça-feira (17) será a vez de Cascavel.
Fonte: FIEP
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